Programação do ‘Campão Cultural’ voltada para o teatro, dança e circo foi pensada para ocupar inúmeros espaços da Capital
A segunda edição do “Campão Cultural” vai ter uma riquíssima programação voltada para as artes cênicas. Durante os oito dias, de 8 a 15 de outubro, a capital de Mato Grosso do Sul será invadida por vários espetáculos teatrais, circenses e de dança. O público terá opções variadas para prestigiar e o festival estará presente em inúmeros locais de Campo Grande (MS). Entre eles, a Esplanada Ferroviária, a Concha Acústica Helena Meirelles no Parque das Nações Indígenas, a Praça Ary Coelho, o Calçadão da Barão, o Museu de Arte Contemporânea (MARCO), os bairros Jardim Noroeste, Dom Antônio Barbosa, Santa Emília e Coophatrabalho e até mesmo no distrito Anhanduí. A entrada é totalmente gratuita e dirigida a todas as faixas-etárias.
“O ‘Campão’ proporciona uma diversidade de linguagens com uma ocupação de espaços importantes pela Capital. O público vai ter a oportunidade de viver experiências diversas, tanto na qualidade dos espetáculos nacionais como regionais. Propomos um diálogo é muito próximo do público, vai até quatro bairros da cidade para que as pessoas tenham acesso ao festival. O nosso objetivo é oferecer artes com muita qualidade e fazer com que as população seja convidada. A curadoria teve um cuidado muito especial para definir cada apresentação”, enfatiza Marcio Veiga, responsável pelo núcleo de teatro e circo da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).
A programação de artes cênicas começa com o Sobrevento (SP). O grupo teatral estará no Museu de Arte Contemporânea (MARCO) com o espetáculo “Bailarina” no dia 9 de outubro, às 15h, e em 10 e 11 de outubro em quatro horários diferentes. O curioso é que a peça é voltada para bebês com até 3 anos. Já o Coletivo o Bonde (SP) leva o espetáculo “Quando Eu Morrer Vou Contar Tudo a Deus” para a Concha Acústica Helena Meirelles no dia 9 de outubro, às 17h. Com classificação indicativa de 12 anos, a história é real do pequeno Abou, um garotinho encontrado em uma mala de viagem, cruzando ilegalmente a fronteira do Marrocos com a Espanha.
A Esplanada Ferroviária será palco no dia 11 de outubro – feriado de aniversário de 45 anos de MS -, às 19h, para o “Show do Caminhão Trapézio”, do Grupo Picadeiro Aéreo (SP). Com classificação livre, o surpreendente espetáculo conta de maneira poética a evolução do circo no Brasil. Desde o circo de pau fincado ao moderno e tecnológico Caminhão Trapézio. A performance arrojada dos artistas circenses e o grande efeito cênico, com luzes e tecnologia, o surpreende o público.
Na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas, vai receber o premiado espetáculo “Cocô de Passarinho” da Cia Noz de Teatro, Dança e Animação (SP) no dia 13 de outubro, às 19h. A peça recebeu o prêmio da APCA como Melhor Espetáculo de Animação/Bonecos e obteve três indicações ao Prêmio FEMSA de Teatro Infantil e Jovem (melhor cenário, melhor adaptação e melhor espetáculo infantil).
As artes cênicas têm, inclusive, um convidado sul-americano: a companhia uruguaia The Pambazos Bro. Eles se apresentam no dia 14 de outubro, às 16h, na Praça Ary Coelho com o espetáculo “Porongo Valdeville”. A dupla de uruguaios, Diego Martinez e Jorge Zagarzazu, faz humor por meio da dança, música, mágica e malabarismo em uma espécie de “cabaré noir”. “Porongo Valdeville” é um variété interativo que surpreende, emociona e alimenta as gargalhadas e a imaginação do público.
O “Campão Cultural” também vai até o distrito de Anhanduí, a 59 Km da Capital. As artes cênicas estará presente com o grupo Clowns de Shakespeare (RN). Os artistas potiguares encenam o espetáculo de rua “Ubu: O Que é Bom Tem que Continuar”, às 18h, e no dia 15 de outubro, às 10h, no calçadão da Barão do Rio Branco, no centro de Campo Grande. Haverá também uma programação especial voltada para a dança no Sesc Cultura, na Afonso Pena. No dia 11 e 13 de outubro, com início às 19h, está previsto a exibição de vídeos que enfocam a dança e bate-papo com o público.
Dança
A responsável pelo núcleo de dança da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Franciella Cavalheri, enfatizou que esta edição do festival foi pensada para atender uma diversidade de linguagens, tanto para o nacional como para o regional. “Estamos muito felizes, pois conseguimos pensar em uma programação que abordasse diferentes corpos, questões afirmativas, homenagens e isso estará presente. Teremos uma predominância de pessoas pretas, periféricas, comunidade LGBTQIA+, a diversidade se fará presente como deve ser. Tivemos muita preocupação ao construir essa programação”, ressalta Franciella.
A Esplanada Ferroviária será palco no dia 11 de outubro – feriado de aniversário de 45 anos de MS -, às 19h, para o “Show do Caminhão Trapézio”, do Grupo Picadeiro Aéreo (SP). Com classificação livre, o surpreendente espetáculo conta de maneira poética a evolução do circo no Brasil. Desde o circo de pau fincado ao moderno e tecnológico Caminhão Trapézio. A performance arrojada dos artistas circenses e o grande efeito cênico, com luzes e tecnologia, surpreende o público.
A programação de dança recebe, no dia 12 de outubro, o espetáculo “Gatinha Mexerica” apresentado pela Cia Fusion de Danças Urbanas (MG). Será na Concha Acústica Helena Meirelles, 19h. Mexerica é uma gatinha dançante e muito curiosa, mas um tanto ressabiada. Junto com sua amiguinha Sardinha, vai conhecer um mundo novo em que cachorros e gatos do Hip Hop, um pássaro b. boy e uma coelhinha surda ensinam que conviver com as diferenças pode ser muito divertido e enriquecedor.
No dia 15 de outubro, último dia de “Campão Cultural”, também na Concha Acústica, às 19h, vai haver a apresentação do grupo Gumboot Dance Brasil (SP), com o espetáculo de dança “Yebo”. Gumboot dance (dança de botas de borracha) é uma dança popular que foi criada pelos trabalhadores no século XIX nas minas de ouro e de carvão da África do Sul. Homens negros, com sua força de trabalho explorada pelos senhores do capital, lutavam para conquistar riquezas que jamais teriam para si. Expondo suas vidas ao risco, distante de suas aldeias e famílias, diariamente cavando buracos cada vez maiores, onde ficavam enterradas suas histórias, suas memórias e suas vozes. “Yebo” aborda a exploração, tanto das minas, como dos sete povos levados para extração do minério.
Mais informações
https://www.instagram.com/festivalcampaocultural/
https://festivalcampaocultural.ms.gov.br/
ASSESSORIA CAMPÃO 2022
por Bianka Macário