Na última quarta-feira (24) foi a vez da população da Aldeia Urbana Marçal de Souza receber as atrações e espetáculos pensados especialmente para a região. A iniciativa faz parte da iniciativa Circuito Bairros dentro da programação do Campão Cultural – I Festival de Arte, Diversidade e Cidadania e que vai contemplar dez bairros de sete regiões de Campo Grande. Participaram das ações o artista educador Edu Brincante com a contação de histórias, a Cia Talagadá (SP) e o Grupo Funk-se com o espetáculo Deslimites.
Maria Auxiliadora Bezerra, gestora do memorial da cultura indígena Cacique Enir Terena, ressalta a importância do evento após o período de confinamento que todos viveram com a pandemia. “Perdemos muitos entes queridos da nossa região, por isso, receber um evento como esse e termos sido escolhidos para ver de perto tanta arte e cultura deixa qualquer pessoa feliz e grata”, garante. Sobre as atrações, Maria Auxiliadora, diz: “Arte é a gente entrar na história, se ver, sentir e se emocionar”.
Na Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira, os alunos da rede infantil puderam conferir a contação de história com o artista educador Edu Brincante que explanou em sua apresentação, de forma lúdica, a importância sobre preservar o bioma Pantanal, por exemplo. “São cantos e contos que surgiram durante o período de isolamento e para não me sentir triste e só, busquei me encantar e produzir o que mais amo fazer”, conta.
A diretora da Escola, Maria Elisa Vilamaior, explica que essa interação entre artista e alunos com o mundo do conhecimento é de extrema importância para o exercício da cidadania. “Não existe melhor forma de ensinarmos algo que não seja dessa forma, por meio do encantamento do incentivo da leitura. Essa sensibilidade e esse olhar fazem toda a diferença quando o assunto é acessar as informações que estão o nosso entorno social”, pontua.
Por fim, foi a vez do Grupo Funk-se abrir a noite com o espetáculo Deslimites, produzido em homenagem ao poeta Manoel de Barros. O diretor e coreógrafo Edson Clair, garante que a oportunidade é única os artistas. “Campo Grande necessitava de um festival dessa magnitude”, diz.
INFORMAÇÕES
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Texto: Clarissa de Faria
Fotos: Eduardo Medeiros