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A partir de história real, “Quando eu morrer, vou contar tudo a Deus” mostra força das histórias para todos os públicos

  • 10 out 2022
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“Je m’apelle Abou”, que traduzido do francês significa “Eu me chamo Abou”, foi a primeira frase que o menino de 8 anos disse ao ser encontrado dentro de uma mala, ao passar pelo scanner da imigração espanhola. A história de 2015 repercutiu mundialmente. Nas mãos da dramaturga Maria Shu, o acontecimento se transformou em teatro na peça “Quando eu morrer, vou contar tudo a Deus”, encenada pelo grupo de teatro negro O Bonde, de São Paulo. O trabalho foi apresentado em Campo Grande, na programação do Campão Cultural – 2º Festival de Arte, Cultura, Diversidade e Cidadania.

Explorando a teatralidade por meio da dramaturgia, da música e da cenografia, quatro atores acompanhados de dois músicos contaram a história do pequeno Abou, de forma lúdica em uma encenação voltada para as famílias. Dos dias na Costa do Marfim acompanhado de seus familiares à tentativa de entrada na Europa, dentro de uma mala de rodinhas, transportada por uma jovem de 19 anos, “Quando eu morrer” trata de temas como família, pobreza, abandono, mas também esperança e força.

Inspirada nos griot, os tradicionais contadores de histórias africanos, a peça se vale da narração para traçar a jornada de Abou. Além disso, as cantigas ajudam a compor o universo lúdico do trabalho. Cantadas em diversos idiomas do continente africano como o iorubá e o ketu, algumas traduzidas para o português, outras não, elas dão o tom em diversos momentos. “Fizemos uma extensa pesquisa musical e tentamos trazer cantigas tradicionais dos povos africanos, assim, podemos criar uma ponte entre Brasil e África, dois mundos tão convergentes e tão distantes”, explica o ator Jhonny Salaberg. A direção musical do espetáculo é de Cristiano Gouveia.

Apesar de estar centrada na história de Abou, a peça se expande além dos contornos do protagonista para tratar dos problemas que atingem a infância e a juventude negra no Brasil. Em certo ponto, os atores relembram histórias de violência contra crianças negras, como a de Miguel Otávio Santana da Silva, 5 anos, que morreu ao cair no fosso do elevador do prédio em que a mãe trabalhava por negligência da patroa. “O palco nos abre a possibilidade de denunciar e evitar que histórias como essas caiam no esquecimento”, pontua Salaberg.

O Bonde foi formado em 2017, reunindo artistas negros e periféricos, que passaram pela Escola Livre de Teatro de Santo André. A partir de pesquisas sobre o corpo negro periférico, o grupo vem desenvolvendo trabalhos para a construção de um imaginário antirracista, que apresente formas diversas de representatividade através de pesquisas com a palavra e a narratividade.

Thiago Andrade
Fotos: Marithê do Céu


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