Durante o I Festival Campão Cultural – Arte, Cidadania e Diversidade, escolas públicas de Campo Grande receberam ações de arte e música. As ações buscaram a participação dos alunos, como as oficinas de lambe-lambe e grafite dos artistas Leonardo Mareco e Pedro Vasciaveo e a palestra Show sobre a Polca Paraguaia, ministrada pelo músico Chico Simão.
Um dos palcos dessas oficinas foi a escola estadual Padre João Greiner, Pedro e Leonardo receberam cerca de 20 alunos para explicar como é a arte urbana e como o grafite e o lambe-lambe seriam complementares naquela ação, terminada a parte teórica chegou a hora de meter a mão na massa, enquanto Mareco ensinava a técnica de colagem para dois alunos, Pedro pedia para cada participante falar uma palavra que fizesse algum sentido na vida deles, e assim foi escrevendo com o spray na parede, até formar um mosaico de pura inspiração.
Para Leonardo, que é cria de escola pública essa atividade foi marcante “está sendo incrível fazer esse trabalho, porque eu não tive essa oportunidade de conhecer artes urbanas dentro do ambiente escolar e agora, depois de formado levar essa arte nesse local é muito gratificante, porque levamos a cultura da rua, a representatividade e a arte, tudo nessa mescla para o adolescente, o jovem estudante conhecer e se apropriar disso”
Polca Paraguaia
Enquanto o mural era feito fora da quadra da escola, dentro dela o músico Chico Simão conversava com os alunos sobre um estilo de música bem próximo de nós, a polca paraguaia, o músico explicou as origens da música, nascida na Holanda e trazida com os colonizadores e a partir disso adaptada no Paraguai.
Além de falar e tocar o músico também ensinou técnicas de “fazer música com o corpo”, ao melhor estilo do conhecido grupo Barbatuques, os alunos ficaram encantados com os sons que podiam fazer apenas com batidas pelo corpo, e palmas, para a aluna Mikaela Santos “foi um dia totalmente diferente pra nós, aprendemos mais sobre a cultura de um país vizinho, que se mistura com a nossa e também pude ver um pouco do mural que estava sendo feito, até deixei uma palavra nele” a palavra que Mikaela deixou foi Esperança.
Texto: Ana Ostapenko
Fotos: Eduardo Medeiros