O circuito de palestras faz parte de uma mentoria destinada aos artistas locais e entusiastas do tema. A finalidade é levar conhecimento e apoio para que eles possam se profissionalizar cada vez mais. Das 13h30 às 17h30 três palestras gratuitas e abertas ao público reuniram dezenas pessoas da cena, entre músicos, produtores, jornalistas e publicitários.
Simone Marçal (ES) ministrou a palestra Importância das Feiras Para o Mercado Musical. Produtora cultural há 20 anos ela é considerada uma expert em realizar projetos em parceria Governos municipais, estaduais e federal. É Idealizadora do Formemus – Formação Mercado Musical, maior evento mercadológico de Música do ES.
“O festival por si só, seja ele qual for, tem o objetivo de promover, já a Feira, de capacitar. A profissionalização é isso, além de valorizar a produção aqui do MS, proporcionar intercâmbio. Nós, profissionais que levamos capacitação e temos como percorrer todos os locais, públicos e privados, devemos lutar por políticas públicas que apoiem vocês”, aponta Simone Marçal.
Em seguida, foi a vez da palestra Entendendo a Curadoria dos Festivais e Eventos de Música com Laura Damasceno. Jornalista musical, curadora, consultora e diretora artística. Trabalhou na TV Minas e na Globo SP, se especializou em crítica cultural e hoje é diretora de Mídia e Marketing de Conteúdo na startup TaBoom, além de conselheira do Festival Coquetel Molotov (Recife/PE).
“Se puder dar uma dica valiosa, ainda que não tenhamos uma receita sobre como um artista pode estar visível aos olhos dos curadores, seria: Não se feche, entenda e amplie a importância de renovar e ampliar seu público. Avalie, por exemplo, se faz ou não sentido você estar em algumas plataformas e, caso sim, como atuar por lá. Não subestime a importância das plataformas para o mercado da música”, ressalta Laura Damasceno.
Por fim, foi a vez do Painel de Discussões sobre os desafios da cena local para 2022. Estiveram presentes Simone Marçal, o produtor Barral Lima, o secretário municipal de cultura e turismo Max Freitas e o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Gustavo Cegonha.
O painel fechou com chave de ouro a rodada de palestra. Foi a oportunidade de artistas e produtores debaterem a cena local com pessoas renomadas no que tange o assunto.
“Artista é empresa também. Aprendam a escrever projetos, se inscrevam nos editais. Amor não se faz sozinho, por isso, todos precisam se juntar, se ajudar e ir todo mundo junto”, destaca Barral Lima.
O secretário Max Freitas garante que todos têm o seu papel e é preciso fazer o lhe cabe em cada seara. “Não esperem sentados, façam a parte de vocês, cobrem da gente também, pois quanto mais provocado, melhor pode ser. Eu como secretário estou aqui para isso, correr atrás das ações, apoios e termos cada vez mais melhores condições”, afirma.
INFORMAÇÕES
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Texto: Clarissa de Faria
Fotos: Maurício Junior.