O penúltimo dia de Campão Cultural, sexta-feira (13), foi marcado pela integração de nomes consagrados do rap. A Esplanada foi pista para as apresentações da noite, e Miliano (MS), figura conhecida em todo o Estado, fez a frente para Drik Barbosa (SP) que mostrou a potência da mulher nessa cena.
O rapper douradense Miliano é nome tarimbado e configura a cultura de rua desde a primeira edição do Campão, bem como os duelos de rimas e apresentações marcantes que vem acontecendo desde então, em todo o Estado. “A experiência foi incrível em todos os sentidos. Primeiro por pisar pela segunda vez no palco principal do Campão, depois por trabalhar com pessoas referências em cada área, desde técnicos de som, luz, músicos, em uma estrutura digna, aquela que todo artista merece”, garantiu.
O artista também agradece aos amigos de caminhada que estão com ele desde o começo: “É uma equipe que faz a coisa acontecer e só seria possível com eles. Guitarra, bateria, apoio e vocal e toda uma galera que se envolve mesmo e faz com seriedade e muita paixão”. Sobre dividir o palco com nomes consagrados do rap brasileiro, Miliano faz questão de reconhecer: “É uma aprendizado e tanto. MV Bill e Drik Barbosa são sagrados, mais que uma referência”.
Esse reconhecimento também é fala da cantora e compositora Drik Barbosa (SP). “Fiquei muito feliz em fazer parte desse momento tão importante para a cultura de Campo Grande. Ver que vários artistas locais estão sendo reconhecidos pelo seu trabalho, pela sua arte e poder subir nesse palco e cantar minha mensagem que vem muito forte dentro do rap nacional”, comemora.
Drik destaca a mobilização de todos e a reciprocidade do público. “Eu pisei no palco e senti na hora a energia. Todos muito atentos para ouvir o que eu tinha para cantar. Uma recepção linda e calorosa do início ao fim”, diz e conclui: “Esse movimento cultural faz muito bem, ainda mais pra nós artistas, por todo o reconhecimento. Isso recarrega nossas energias pra continuar a luta e propagar essa cultura. Foi minha primeira vez na Capital e quero voltar mais vezes”.
Texto: Clarissa de Faria
Fotos: Alicce Rodrigues