Em certo ponto do seu show, Ju Souc disse que se apresenta como compositora e multi-instrumentista. “Eu não costumo dizer que sou cantora, canto apenas as minhas canções, não sou intérprete de outros artistas. Mas, sabe, depois de hoje, eu sou cantora sim”, confirmou em meio aos riscos. Para quem assistiu ao show na noite de quinta-feira (25), no palco do Armazém Cultural, não ficaram dúvidas do talento da cantora.
No palco, Ju Souc explora sonoridades diferentes a partir do violão, da voz e dos loopings gravados ao vivo. “É um show diferente, bastante complexo até. É um desafio fazer tudo ao vivo, mas gosto bastante do resultado”, conta. Segundo ela, o trabalho de pensar como cada música vai ser executada é algo que torna cada show único. “Depois de todo esse tempo sem shows e apresentações em razão da pandemia, é um prazer voltar a tocar, mas também acho que tem uma carga extra de dificuldade na execução desse trabalho”, comenta.
Ju Souc estudou piano por 10 anos, violão de forma autodidata e ainda se dedicou à bateria. Foi tocando esse instrumento que ela passou a fazer parte da banda Pétalas de Pixe, que acompanhou Jerry Espíndola em diversos shows. Com a banda, ela teve a oportunidade de gravar sua primeira composição “O Acaso”, que veio a fazer parte de seu álbum solo lançado em 2014.
Quem assistiu, gostou. “Uma performance incrível em um trabalho solo cheio de surpresas, adorei”, classifica o músico Raphael Vital. A produtora de moda e artista visual, Lauren Cury, afirma que adorou o show. “O uso do looping permite que a Ju Souc crie sons e mostra essa faceta de multi-instrumentista, muito legal”, aponta. A professora Isadora Bacha Lopes essa foi a primeira vez que assistiu ao show da artista. “Gostei muito e o festival está sendo ótimo, por permitir esse contato com os artistas”, pontua.
Texto: Thiago Andrade
Fotos: Marithê do Céu e Vaca Azul