A identidade de um povo é construída a partir de sua memória e, para que ela se mantenha viva, um dos pontos fundamentais é conservar o que foi registrado e documentado, ou seja, o “patrimônio cultural documental”. Para trazer informações sobre isso, o Campão Cultural promoveu a oficina Conservação e Restauração de Acervos Documentais em Papel.
O historiador Luciano Alonso, conhecido por seu trabalho nesse segmento, orientou os participantes sobre a importância e as práticas de preservação e conservação do patrimônio documental e bibliográfico em arquivos, museus e bibliotecas e também sobre por que atuar de maneira ativa no planejamento envolvendo os documentos em papel, na prevenção de desastres e técnicas de restauração. “Até mesmo documentos do dia a dia podem se tornar históricos, por isso, é tão importante mantê-los conservados corretamente”, explicou.
A analista judiciária do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Claudia Bittencourt, foi uma das participantes da oficina. Ela contou que, em seu trabalho, lida com uma grande quantidade de documentos físicos que relatam crimes, alguns datam do século XIX, e são verdadeiras contribuições históricas. “É fundamental que eles estejam bem conservados, para que as novas gerações tenham acesso a eles”, disse. Já o historiador Gabriel Lima, trabalha em Aparecida do Taboado, e está lidando com o processo do arquivo público da prefeitura local. Ele veio para a oficina adquirir conhecimento para poder utilizar na prática. “Será de grande valia para nosso município, pois o arquivo local estava parado há mais de 20 anos e esses ensinamentos serão úteis para ajudar na preservação da nossa história local”, relatou.
A programação do Campão Cultural contempla diversos segmentos. Ela continua até o final de semana, clique aqui e confira o que mais vai rolar.
texto: Evelise Couto
fotos: Daniel Reino