Campo Grande (MS) – Aconteceu na manhã deste sábado, 04 de dezembro de 2021, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, o workshop de teatro que consiste em uma vivência cenomusical com o Grupo Dona Zefinha, que veio do Ceará pela primeira vez a Campo Grande, especialmente para o Festival Campão Cultural – 1º Festival de Arte, Diversidade e Cidadania.
O grupo Dona Zefinha possui uma linguagem musical e dramaturgia próprias, unindo música, teatro e elementos do circo e de espetáculos de rua. O grupo estabelece um diálogo global, om qualidade artística, bom humor e suingue; consegue inserção em múltiplas linguagens artísticas, transitando em espaços que ultrapassam locais e gêneros específicos.
Seus integrantes compartilharam no workshop a sua experiência de 27 anos de atividades ininterruptas no cenário artístico brasileiro. Compartilharam exercícios musicais e jogos cênicos com o objetivo de estimular a espontaneidade e a criatividade dos participantes. “Nós passamos para os participantes jogos, exercícios a partir de nossas experimentações cenomusicais, exercícios que praticamos entre nós durante nossas investigações e experiências com música, teatro, circo, palhaçaria e dança”, explica Orlângelo, fundador e diretor artístico do Dona Zefinha.
Orlângelo disse que o grupo é autodidata, e sempre vai em busca de linguagens diversas de acordo com experiências de seus encontros com outros grupos e outras pessoas. “A gente foi absorvendo essas vivências. E tem também o legado da minha mãe, que tocava sanfona, era poetisa e atriz amadora, tem muito talento, sensibilidade e criatividade. Ela até hoje acompanha o grupo. Nós fizemos um espetáculo em homenagem a ela, intitulado ‘Oi mãezinha’”.
O grupo já se apresentou com o espetáculo “Chafuri” no dia 1º de dezembro e o grupo ficou muito feliz com a acolhida. “Aqui foi muito calorosa a colhida. No final do show foi festa, pediram bis, uma troca de energia muito boa por pessoas que nunca tinham nos assistido. Nessa troca de energia a gente sai muito feliz. Essa participação no Campão representa para nós uma retomada nessa pandemia, é esperançosa, neste evento muito diverso que acolhe vários tipos de público”.
A contadora de histórias Conceição Leite participa do workshop graças ao incentivo da sua amiga Ramona Rodrigues. “Vai acrescentar bastante para mim. Eu não conhecia o grupo, mas como trabalho no teatro e na contação de histórias, são artes que reúnem outras artes. Para nós, é importante estar pesquisando o tempo todo. Estou achando muito importante este festival. Precisamos ter por outros aos, que ele tenha continuidade”.
A professora de teatro e artes Ramona Rodrigues, da Cia de Brincantes, trabalha com cultura da infância e se interessou em fazer o workshop porque quando leu a sinopse do grupo, viu que tinha a ver com o que ela faz. “É muito legal encontrar pessoas que têm o mesmo sonho, porque às vezes a gente se sente um pouco isolada. Este festival é muito im0ortante para a cidade, é um banho de cultura. Espero que tenha continuidade. Esta troca, este intercâmbio que acontece aqui é muito importante”.
Gostou? Quer conhecer um pouco do trabalho do grupo Dona Zefinha? Domingo eles apresentam o espetáculo “Ciro sem teto da lona furada dos Bufões”, às 18h30, na Concha Acústica Helena Meirelles. A entrada é franca, como todos os eventos do Festival Campão Cultural – 1º Festival de Arte, Diversidade e Cidadania. Vale a pena conferir!
Texto: Karina Lima
Fotos: Ricardo Gomes